Testemunho de Sobrevivente de Aborto
Se o aborto é um direito das mulheres quais são os meus direitos ?
Não existiam protestos feministas contra o facto dos meus direitos estarem a ser violados no dia em que a minha mãe me abortou
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A minha Mãe biologica hà 28 anos atrás estava convencida de que tinha direito a escolher , de que tinha direito a uma escolha que só a afectaria a ela.
Porém em cada dia da minha vida eu carrego as consequencias da sua escolha.
A minha mãe biológica estava grávida de sete meses e meio
quando decidiu abortar-me.
Não sei porque é que ela tomou essa decisão.Estavamos em 1977.
Ela e o meu Pai biológico tinham 17 anos na altura e não estavam casados.
Ela decidiu abortar numa clinica de Los Angeles e realizou um aborto salino.
Uma solução com sal é injectada no ventre materno e o bébé bebe-a e ficando queimado por dentro e por fora.
Nesse tipo de aborto o bébé é expelido morto em 24 horas mas eu sobrevivi.
O Aborcionista não estava de serviço quando eu vim ao mundo porque se isso tivesse acontecido ele tinha-me estrangulado, algo que era considerado perfeitamente legal até 2002.
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A unica pessoa preocupada comigo foi a enfermeira . Ela chamou uma ambulância e fui transportada para o hospital.
Fui colocada numa incubadora. Não se esperava que eu sobrevivesse.
Porém sobrevivi.
Devido a ter estado 18 horas sem hoxigénio sendo queimada viva no ventre da minha mãe fiquei com problemas .
Não me conseguia mover por mim mesma e os medicos afirmavam que eu iria viver num estado vegetativo o resto da vida.
A minha mãe adoptiva- Penny - decidiu que não obstante aquilo que os médicos afirmavam ela tentaria recuperar-me.
Com 3 anos e meio comecei a conseguir andar. Foi quando a filha de Penny me adoptou.
Tenho 28 anos e trabalho como musica em Nashville, Tennesse.
Ainda coxeio e por vezes caio mas já participei numa maratona e irei participar para o ano numa maratona, em londres , para jovens deficientes.
A minha mãe adoptiva falou-me do meu passado.
Sempre senti que havia algo que faltava contar.Perguntava-lhe muitas vezes porque tinha problemas e ela respondia-me que eu havia nascido prematura.
Aos 12 anos perguntei-lhe de novo e ela disse-me o que havia acontecido.
Eu respondi que tinha este problema devido a um facto interessante.
A minha mãe adoptiva disse-me que eu em vez de ficar amargurada deveria alegrar-me por ter sobrevivido.
Quando eu tinha 17 anos a minha mãe adoptiva encontrou-se com a minha mãe biológica e disse-lhe que eu a perdoava.
Sou cristã. Acredito que a revolta nos pode consumir a vida.
A minha mãe adoptiva amou-me tanto que eu não sinto necessidade de me encontrar com a minha mãe biológica.
Não sei muito do que se passou no encontro entre elas. Só sei que a minha mãe biológica não pediu perdão e fez outro aborto depois do meu.
Comecei a falar contra o aborto quando tinha 14 anos e na terça Feira falarei na camara dos comuns.
Eu penso que é importante mostrar o que aconteceu comigo não só para mostrar a verdade do aborto mas também para mostrar as potencialidades que cada um de nós tem dentro de si.
Não creio que o assassinio seja um direito . Sou completamente contra o aborto, seja em que circunstancia fôr mesmo em casos de violação.
Embora a violação seja um crime horroroso não deve ser a criança a pagar por esse crime.
De facto encontrei-me com pessoas produto de violações e elas estão gratas por estar vivas.
Se o aborto é um direito das mulheres quais são os meus direitos ?
Não existiam protestos feministas contra o facto dos meus direitos estarem a ser violados no dia em que fui queimada viva .
Todos os dias agradeço a Deus.
Não me considero um monte de celulas nem nenhum dos nomes que se costumam dar ao que a mulher carrega no seu ventre.
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Hoje um bébé é um bébé quando isso convém.
Mas quando não convém , quando não chega no momento certo é chamado de um monte de celulas.
Um bébé é chamado de Bébé quando um aborto não provocado ocorre aos 2 , 3 ou 4 meses.
Um bébé é chamado de monte de celulas quando um aborto ocorre aos 2, 3 , ou 4 meses.
Eu não vejo diferença entre os 2 .
Acredito que sou prova viva de que o aborto é o assassinio de um ser humano.
A minha Mãe biologica hà 28 anos atras estava convencida de que tinha direito a escolher , de que tinha direito a uma escolha que só a afectaria a ela.
Porém em cada dia da minha vida eu carrego as consequencias da sua escolha.
Embora eu nada tenha contra ela acho importante as pessoas reflectirem antes de tomarem determinadas decisões.
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