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Sunday, February 25, 2007

Pena de Morte: contradições difíceis de entender

Pena de Morte: contradições difíceis de entender
por Julio Severo em 06 de abril de 2006

Resumo: A tendência de combater a pena de morte para os culpados e defendê-la para os inocentes é talvez o maior desafio e contradição da nossa geração.

© 2006 MidiaSemMascara.org

Há um paradoxo irracional e até bizarro nas atitudes sociais de hoje com relação ao valor da vida humana. Os mesmos países ricos que são contra a pena capital para os criminosos culpados de assassinato são, inexplicavelmente, a favor dessa mesma pena para bebês inocentes que se encontram na barriga de suas mães. E agora lutam para estender essa pena aos doentes, aos deficientes e aos idosos, mediante práticas de eutanásia. Querem livrar os culpados dessa pena, sob a alegação de que é um meio cruel de a sociedade castigar indivíduos perigosos.[1] Ao mesmo tempo, não querem livrar os idosos, sob a alegação de que a eutanásia é um meio "misericordioso" de livrá-los do sofrimento.

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Na Europa, onde a execução de criminosos assassinos foi há muito tempo abolida, a execução de bebês na barriga de suas mães é legalmente mantida como um direito sagrado das mulheres. Nos EUA, os mesmos líderes sociais e meios de comunicação que lutam para salvar da pena capital o pequeno número de indivíduos condenados por assassinatos brutais também lutam incansavelmente para proteger a execução brutal dos mais que 1 milhão de crianças que são legalmente abortadas todos os anos! Isso sem mencionar que nada é feito contra a crescente prática de assassinar bebês recém-nascidos nos hospitais.

Na França mais da metade dos médicos que cuidam de recém-nascidos afirmou, numa pesquisa, que freqüentemente administram drogas para acabar com a vida de recém-nascidos que têm algum problema médico incurável, porém a França é conhecida internacionalmente por sua radical oposição à pena de morte de assassinos brutais.[ 2] Parece que salvar a vida dos culpados é a preocupação mais importante dos ativistas sociais de hoje.

As mesmas sociedades que, por motivo de compaixão, se opõem à pena de morte para assassinos desumanos agora a estão aplicando, por motivo de "compaixão", em bebês indefesos. Tudo indica que os idosos serão os próximos na fila.

A tendência de combater a pena de morte para os culpados e defendê-la para os inocentes é não só um mistério, mas talvez também o maior desafio e contradição da nossa geração. E é estranho também que cientistas que estão tão ansiosos para encontrar vida em outros planetas não sintam o mínimo remorso de fazer experiências em bebês vivos — que eles chamam simplesmente de embrião ou outros nomes que suavizem a plena humanidade do ser humano indefeso antes do nascimento. Estão com tanta vontade de descobrir e preservar formas de "vidas" que não conhecem quando não se preocupam em preservar e proteger a vida inocente mais importante que já conhecem.


Notas:

[1] Dr. C. Everett Koop, The Right to Live, The Right to Die (Life Cycle Books: Toronto-Canadá, 1980), p. 38 .

[ 2] Pro-Life E-News, 22 de junho de 2000 , Canadá.

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